sábado, 22 de abril de 2017

300 Ramayanas

Rama é um  avatar de Vishnu, assim como Krishna. Seu mito é contado no Ramayana, cuja tradição oral data de cerca de 1 500 a.C., e cuja versão em sânscrito é do século IV a.C.

Hanuman luta contra Ravana
Rama é herdeiro do trono mas, por intrigas de outra esposa de seu pai, é exilado com sua esposa e outro irmão, passando a viver nas florestas. Lá sua esposa é seqüestrada pelo rei-demônio Ravana - isto depois de várias aventuras. Em sua busca da esposa, Rama é auxiliado por Hamuman, rei dos macacos, que se torna símbolo da lealdade. 

O livro é um longo poema, conhecido em toda a Índia nas várias versões das 17 línguas e mais de 200 dialetos falados naquele país. Nem todas as versões são iguais, em algumas Ravana não é tão mau, em outras ele é o pai da esposa de Rama, noutra Ravana é o herói e Rama é um fraco... 
A história é simples, mas há muitas sutilezas no texto que fazem sua beleza e seu valor cultural.

Estas versões têm sido escritas ao longo de muitos séculos, e refletem a forma como se vê em cada lugar e cada tempo a expressão do deus Rama. Sim, porque o Ramayana é uma obra devocional. 

Recentemente alguns radicais tentam situar a composição do Ramayana em um período anterior, equivalente ao que se diz sobre a Bíblia e textos sagrados de outros povos. O que se observa é uma abordagem de acadêmicos, por um lado, e de religiosos radicais por outro.

Em 2010 o professor A.K.Ramanujan teve seu texto 300 Ramayanas retirado da bibliografia da Universidade de Délhi,  o que gerou protestos de outros acadêmicos porque a decisão do reitor foi provocada por pressão de religiosos, comprometendo a independência da universidade. 

Fontes:

https://www.sscnet.ucla.edu/southasia/Religions/texts/Ramaya.html

http://www.sunday-guardian.com/artbeat/ramanujan-a-the-ramayana



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